• A Origem e Expansão


    A origem do chocolate, ou seja, a origem da árvore do cacau, é um fato parcialmente desconhecido que acaba criando ainda mais mistério, sobre a história já por si só obscura, por trás do delicioso chocolate que podemos degustar hoje em dia.
    Fig. 1 - Theobroma Cacau


    Não se sabe com certeza a origem exata da citada árvore do cacau Theobroma cacao, mas existem algumas teorias que propõem que a sua disseminação começou nos territórios tropicais da América do Sul, nas redondezas dos rios Orinoco e Amazonas, e que foram se estendendo pouco a pouco até chegar ao sudeste do México.

    "TheoBroma", do grego quer dizer "Alimento dos Deuses".
    E foi assim que em meados do século XVIII, Carlos Linnaeus,um botânico Sueco baptizou o chocolate baseado nos conhecimentos que possuía da importante trajetória do cacau na história dos povos mas, esta história não é da época de Linnacus, é bem mais antiga.
    Fig. 2 - Carlos Linnaeus
    Assim a origem, criação e o desenvolvimento primário do cacau, começou à séculos atrás com as civilizações Maia e Azteca na América Central, mais precisamente nos territórios onde hoje são a Guatemala e o México.


    Fig. 3 - Mapa Pré-Colombiano Mesoamérica

    Os Maias


    Por volta de 1800 a.C. e 900 d.C., os Maias, estabeleciam as primeiras plantações em Yucatan e na Guatemala.
    Fig.6 - Chefe Maia proibindo de tocarem na jarra de chocolate

    Considerados grandes comerciantes na América Central, eles aumentaram ainda mais as suas riquezas com as colheitas de cacau.
    Fig.7 - Taça Maia para chocolate

    Os Olmecas

    O cacau deve ter chegado a Soconusco por volta de 1800 a.C., onde a técnica de fabricação do chocolate teria sido criada pela civilização Pré-Colombiana, e de Soconusco teria ido para a região ocupada pelos olmecas, que por estarem em seu apogeu e dominarem a região influenciaram as civilizações nascentes, como a maia.

    Fig.4 - Civilização Olmeca 1500 a.C. 500 a.C
    Os Olmecas criaram uma fundação sólida para as posteriores culturas mesoamericana como os Maias e os Aztecas.Não há dúvidas de que, quando os Maias sucederam aos Olmecas, o chocolate ou cacahuatl (água amarga) - já se tornára mais do que uma bebida. Era valorizado como um alimento saudável, um estimulante e uma dádiva divina, e a sua preparação tornou-se cada vez mais ritualizada.

    Fig.5 - Códice pré-colombiano de Theobroma cacao, com as suas
    sementes claramente visíveis, crescendo numa vala coberta de terra
    As suas sementes eram usadas como moeda de troca. Diz-se que naquela época se comprava um coelho por oito sementes e um escravo, por cem.

    Os Toltecas


    Em 1100 a 1300 d.C., foram um povo pré-colombiano mesoamericano que dominou grande parte do atual México central. Herdaram uma grande influência do povo Maia, continuando a utilizar o cacau como bebida e como moeda de troca.  
       Fig.8 - Os quatro acordos da Sabedoria Tolteca
       1º- Seja impecável com as palavra
       2º- Não tomes nada pessoalmente
       3º- Não faças suposições
       4º- Faz sempre o teu melhor

    De salientar na agricultura o povo Tolteca desenvolveu novos métodos de cultivo, com o corte e queima, para preparar o terreno para semear.

    Fig.9 - Agricultura Tolteca
    Relatos posteriores dos Aztecas descreveram os como super-homens, peritos nas artes e temíveis na guerra. Mas em dois séculos, as desavenças internas fizeram o império entrar em colapso.
    Fig.10 - Estátuas Toltecas

    Os Aztecas

    Em 1325 a 1521 d.C. prestavam culto ao Deus Quetzalcoatl, que diziam personificar a sabedoria e que tinha sido ele quem lhes tinha dado entre outras coisas, o cacau.
    Fig.11 - Deus Quetzalcoatl
    Eles acreditavam que Quetzalcoatl trouxera do céu as sementes do cacau para o seu povo.

    Fig.12- Pintura Azteca, Árvore de Cacau
    Assim, as colheitas eram festejadas com rituais cruéis de sacrifícios humanos, onde ofereciam às vítimas taças de uma bebida preparada com cacau. Mas um dia Quetzalcoatl ficou velho e decidiu abandonar os aztecas, tendo partido numa jangada de serpentes para o seu local de origem - A Terra do Ouro.
            Fig.13 - Escultura Azteca,
       Homem segurando o fruto Cacau

    1502 - Cristovão Colombo

    Porém antes de partir, ele prometeu voltar no ano de "um cunho", que ocorria uma vez em cada ciclo de 52 anos no calendário que ele próprio criara para os aztecas.
    Em trinta de Junho de 1502, Cristóvão Colombo pensando ter descoberto as Índias, ancorou em frente da ilha de Guanajo, na América Central. Uma majestosa piroga abordou a Caravela de Colombo e um chefe Azteca que subiu a bordo ofereceu a Colombo e aos seus marinheiros, entre outras coisas, sementes de cacau.

    Fig.14 - Chegada de Cristóvão Colombo a América Central
    Ele explicou a Colombo que as sementes do cacau são a moeda do país e que permitem preparar uma bebida muito apreciada entre eles o cacahuatl.
    O navegador e seus marinheiros provaram as sementes e a bebida.
    Dias depois levantaram ferro e seguiram seu rumo.
    Colombo, o primeiro Europeu a provar o chocolate, não lhe deu a mínima importância. Mal sabia que um dia seria apreciado no mundo inteiro.


    Fig.15 - Viagens de Cristóvão Colombo

    1519 - Fernão Cortez

    O explorador espanhol e os seus seiscentos soldados passados dezassete anos, em 1519 desembarcam no México, pretendendo conquistá-lo.

      Fig.16 - A visão de Montezuma da chegada do Deus Quetzalcoatl
    Fazem os preparativos para o combate.Mas, para surpresa geral o imperador azteca Montezuma e seus súbditos, recebem-nos com cordialidade.
    Vítimas de sua própria crença, eles acreditam que Cortez é a reencarnação do Deus Quetzalcoatl, acontece que 1519 coincidia com o ano de um “cunho" no calendário O povo alegre festeja o Imperador acolhe Cortez com um grande banquete regado com taças de ouro cheias de cacahuatl.

    Figura 17- Imperador Azteca Montezuma recebe Fernando Cortez                  
    Porém a desilusão não tarda a chegar quando o suposto Quetzalcoatl, aquele que havia dado o cacau a seu povo parecia nunca o ter bebido antes, nem mesmo gostar dele. É óbvio, o cacahuatl não era a bebida agradável que é hoje, mas sim bastante amarga e apimentada. Assim com o intuito de gerar riqueza para o tesouro do seu país, Fernando Cortez criou uma plantação de cacau para o rei Carlos V de Espanha. E como bom negociante, começa a trocar as sementes de cacau por ouro, um metal indiferente àqueles povos. Um ano depois Cortez responde com a traição ao acolhimento do povo azteca, prendendo o imperador Montezuma e invadindo as suas terras. Tanto Montezuma como o seu sucessor foram mortos pelas tropas de Cortez, e assim o México foi colonia Espanhola durante cerca de 300 anos.

    Figura 18 - Massacre dos Aztecas pelas tropas de Cortez

       

    Os Espanhois Escondem o Cacau

    Cortez levara para a Espanha todos os conhecimentos daquelas tribos primitivas de como lidar com o cacau.

    Figura 19- O processo torrar as sementes de cacau
    Sabia como colher, retirar as sementes dos frutos e espalhá-las ao sol para fermentarem e secarem. 
    Sabia também que elas deviam ser torradas sobre o fogo e depois esmagadas numa mesa de pedra entre rolos este também de pedra até obter uma pasta que era misturada com água para se chegar a bebida.

    Figura 20 – Bacia para esmagar as sementes cacau
    Em Espanha, as cozinhas dos mosteiros serviam como local de experiências para a sua preparação e criação de novas receitas. Os monges aperfeiçoaram o sistema de torrefação e a moagem do cacau transformando-o em barras ou tabletes para serem dissolvidas em água quente, o que era muito apreciado nos salões aristocráticos, assim preparados já, como chocolate.

    Figura 21- Séc. XVI Monges espanhóis preparavam o chocolate
    Durante todo o século XVI os espanhóis conservaram para si essa preciosa iguaria, não querendo partilhá-la com outros países. Porém em meados do século XVII esse segredo começou a desaparecer. Os monges davam-no a provar aos visitantes dos mosteiros, e os marinheiros como ouviam falar do chocolate, quando capturavam uma fragata espanhola, pilhavam as sementes do cacau e levavam-nas para as suas terras.

    Figura 22 – Piratas pilhavam os navios 
                com sementes de cacau

    Plantações de Cacau

    Rapidamente se espalharam plantações de cacau pela Europa, Africa, América do Sul e Índia, tornando-o assim conhecido pelo mundo.

    Figura 23- Plantações de cacau em Africa

    Itália-1606

    Foi a segunda região europeia a adotar o consumo do chocolate, como o cacau chegou ali é uma questão controversa e há várias teorias. Uma afirma que o capitão-geral do exército espanhol, Emanuele Filiberto di Savoia, teria introduzido o chocolate na Itália; outra diz que teria sido a irmã do rei Felipe II, Catarina da Áustria que, ao se casar com Carlos Emanuele I, duque de Savoia, teria levado o consumo do chocolate àquele Estado.
    Figura 24 - D. Catarina de Áustria,
                 Infanta de Espanha
    Figura 25- Emanuele Filiberto di Savoia

    O chocolate também pode ter entrado na Itália pelo centro e não pelo norte, como ajuda da rede religiosa de transporte e venda do cacau em torno da cidade do vaticano, ou mesmo com a ida de padres espanhóis para reuniões na sede da Igreja Católica.De qualquer modo, foi no decorrer do século XVII que o chocolate conquistou a Itália e, em seguida, salões de chocolate foram abertos em Veneza, em Florença, na Perugia e em Turim, levando os italianos a criar novas receitas e fabricar porcelanas para o serviço do chocolate.A Aristocracia italiana não escapou à fascinação gastronômica dessa “bem-aventurada porção da eternidade”, como Magolotti, no século XVII.

    Figura 26- Na hora do banho tomando um chocolate - séc. XVII
    Consumido morno e líquido na indolente intimidade de um bouloir, ou gelado como sorbet, num buffet de verão, o suave chocolate continuava a ser um privilégio das classes mais abastardas.


    A Rainha gulosa

    O casamento do Rei Luís de França com a Infanta de Espanha Ana de Áustria, realizado a 25 de Outubro de 1615, marca a conquista do chocolate pela França.

    Figura 27 - Rei Luiz de França

    Figura 28- Infanta de Espanha Ana de Áustria

    A pequena rainha de apenas 14 anos de idade, adorava o chocolate, e levara consigo de Espanha tudo o que era necessário para a sua preparação.

    Os cortesãos, para conquistar a sua simpatia, adotaram-na como a sua bebida preferida passando desde então o chocolate a fazer parte da corte. Tanto assim, que um dos convites mais requisitados em Paris, era para o chocolate de sua Alteza Real.

    Figura 29 - A corte francesa bebendo chocolate

    Londres - 1657

    Em 1657, surge em Londres a primeira loja de chocolate. Com sua excentricidade, a alta sociedade londrina desceu do pedestal para frequentar as primeiras chocolate houses. As “casas de chocolate ’ britânicas eram idênticas às já florescentes “casas de café”, clube político, cassino e templo do chocolate a um só tempo, estabelecimentos como o Cocoa-tree e o White’s viram soberanos, primeiros-ministros e jogadores profissionais acotovelar-se por uma xícara de excelente chocolate. O suave chocolate dos países latinos fervia no centro das paixões, mais libertárias do que libertinas.
    Figura 30- Casa de chocolate, séc. XVII


    França-1660

    Em 1660 o filho de Ana de Áustria, Luís XIV que subira ao trono, casa com outra princesa espanhola, Maria Teresa.
    Esta segunda união consolida de vez a implantação do chocolate na França. A corte comentava que Maria Teresa, uma esposa devota tinha duas paixões: o Rei e o chocolate.
    Figura 31- Ilha de Martinica, séc. XVII

    A expansão do Chocolate


    Enquanto se solidificava o hábito de consumir chocolate em França, outros países começavam também a interessarem-se por ele e a procurá-lo como fonte de suprimento.
    A França por sua vez muito interessada em suprir o seu consumo, começou a cultivar cacau na sua ilha da Índia Ocidental, a Martinica. Entretanto o cacau era também introduzido nas ilhas da Jamaica, Trinidad e São Domingos. Mais tarde chegava às Filipinas e a outras regiões da Ásia.

    Séc. XVII - Casas de Chocolate

    Nos fins do século XVII rivalizando com os cafés começaram a desenvolver-se em Londres as casas de chocolate.
    A partir de então, abrem-se casas de chocolate na Bélgica, Suíça, Alemanha, Itália e Áustria. A Europa cheirava a chocolate.

    1765 - Companhia Baker

    Em 1765, um médico, de nome James Barker de Dorchester, associa-se a um fabricante de chocolate recém-chegado da Irlanda, John Hannon, e funda a primeira fábrica de chocolate dos Estados Unidos da América: A Companhia Barker
    Figura 32- 1º Fabrica de chocolates 
                         nos Estados Unidos 

    Naquela época o chocolate já podia ser consumido temperado com cravo ou almíscar dissolvido em vinho ou leite quente e adoçado com açúcar começando assim a ser aperfeiçoado e a surgirem novidades.

    1819 - 1ª Fábrica de Chocolate Suiços


    Em 1819 François Louis Cailler abre a primeira fábrica de chocolates suíços .
    Figura 34- François Louis Cailler
    Figura 35- Etiqueta da primeira fábrica de chocolates Suíços

    1826 - Chocolate misturado com avelãs

    Em 1826 Philipp Suchard começa a fazer chocolate misturado com avelãs
    moídas.
    Figura 36- Philipp Suchard


    Figura 37- Publicidade Chocolate Suchard

    1828- Prensa de Cacau

    Em 1828 o químico Holandês Coenraad Johannes van Houten inventa uma prensa que permite obter o pó do cacau, começando também a ser extraída a manteiga de cacau.
    Figura 33 – 1º Prensa de cacau 

    1849- Chocolate doce em barras

    Em 1849, a firma inglesa, Fry and Sons (que mais tarde se associou à famosa Cadbury) começou a produzir chocolate doce em barras para comer (e não apenas chocolate em pó para beber), misturando o cacau moído com manteiga de cacau e açúcar.
    Figura 38- Publicidade J.S.Fry &Sons


    Figura 39- Fabrica de chocolate J.S.Fry &Sons
    Figura 40-Transporte chocolate da J.S.Fry &Sons

    1875 - Chocolate de leite

    Em 1875 Daniel Peter e Henri Nestlé inventam o chocolate de leite. Daniel Peter foi o primeiro fabricante a fazer uma barra de chocolate de leite. Peter começou a sua carreira como doceiro na sua cidade natal de Vevey.

    O chocolateiro suíço, teve a ideia de usar leite em pó, inventado pelo químico Henri Nestlé em 1867, para fazer o chocolate de leite.

    Figura 41- Henri Nestlé

    Figura 42- Daniel Peter

    Figura 43- 1ºChocolate de leite em 1875

    Figura 44- Publicidade ao chocolate de leite


    1879- Maquina de Conchagem

    O suíço Rudolphe Lindt inventa a máquina conchagem, que pode amassar o chocolate durante horas, Robert Lindt com enorme dedicação, conseguiu transformar o gosto arenoso e ligeiramente azedo tornando delicado e cremoso o chocolate que tanto apreciamos. A massa de chocolate ficou cremosa, refinada e homogênea.
    Figura 45 -  Rudolphe Lindt

    Figura 46 – Maquina Conchagem

    Plantações de Cacau

    Assim começava o chocolate a ser aprimorado, tornando-o cada vez melhor e cheio de ingredientes. A fabricação do chocolate que começara em pequenas oficinas com equipamentos simples, torna-se num negócio de corporações e multinacionais
    Figura 47- São Tomé e Príncipe -Transporte do cacau 
    para embarque Roça Porto Real na Ilha do Príncipe

    Figura 48-São Tomé e Príncipe- Enchendo vagões com 
    cacau acabado de descascar - Roça Boa Entrada

    Esta industrialização exigia a urgente expansão das plantações do cacau, e assim todos trataram de o fazer.Os Belgas no Congo, os Holandeses no Ceilão, Java, Sumatra e Timor, os Alemães nos Camarões e os Franceses além da Martinica, também e Madagáscar.Os portugueses por sua vez plantaram-no no Brasil e em São Tomé e Príncipe.

    1912 - Neuhaus-Praliné

    Bélgica: Jean Neuhaus, fundador da famosa marca Neuhaus, inventa uma cobertura de chocolate que recheia com creme, pastas de nozes, etc. Em suma, ele inventa o praliné
    Figura 40 - Jean Neuhaus

    Figura 50 – Praliné – Pasta de nozes coberta de chocolate

    1914-. 1ª Guerra Mundial
    Em 1914 rebentou a primeira Guerra Mundial o que provocou uma paragem na expansão da indústria chocolateira, por imposição de restrições as exportações do produto.
    Tabletes de chocolate, passam a fazer parte das rações de emergência dos soldados americanos, mas a experiência não dos muitos resultados os soldados não resistem a tentação.
    Figura 51-Uma caixa de ração chocolate que teve o impacto
     de uma bala e salvou a vida de um soldado na 1º guerra mundial
    Para fazer parte de uma ração de emergência o chocolate era demasiadamente irresistível para ser guardado sem comer o que fazia com que os soldados raramente o guardassem para uma crise futura.


    Figura 52- Uma tablete de chocolate de um soldado na 1º guerra mundial


    Figura 53- Uma caixa de chocolate enviado do Lord Mayor of York John Bowes Morrell para todos os soldados na linha de frente para o Natal 1914


    1922 – Bombom Baci

    Na Itália,Francesco Buitoni, um parente da famosa família produtora de massas, começa a desenvolver suas atividades com chocolate em 1907. Em 1922, ele inventa e comercializa os famosos “baci”, que significam beijos em italiano.
    Eram pequenos chocolates, embrulhados em papel prateado, contendo uma mensagem de amor. Chocolate e romance andam de mãos dadas.
    Figura 54 – Bombom chocolate Baci

    1930 - Callebaut

    A empresa familiar de Callebaut inventa uma maneira de produzir “couverture” (couverture é um chocolate com alto teor de manteiga de cacau e gordura do leite.), destinado principalmente ao uso profissional.
    Figura 55 - Transporte Chocolate Liquido
    Deste modo começou a armazenar e transportar o chocolate na forma líquida. Tornando possível abastecer a indústria de alimentos com chocolate mais rápido e de forma mais econômica.


    1934 – Ração chocolate energética

    Mas, em 1934, o capitão Paul P. Longan, inventou uma fórmula de uma ração à base de chocolate muito energética e o que é mais importante, pouco atrativa ao paladar.
    Era uma mistura de cacau, açúcar, leite em pó desnatado, manteiga de cacau, baunilha, aveia e vitamina B-1.


    1939 – 2ª Guerra Mundial

    Em 1939 eclodiu a segunda Guerra Mundial. A Companhia Hershey, importante fábrica de chocolates nos Estados Unidos, recebe uma tarefa especial do exército americano:

    Figura 56-Fabrica de chocolates Hershey
    Figura 57- Milton S. Hershey
    desenvolver uma ração de chocolate capaz de sustentar os soldados no caso de falta total de alimento e que pudesse ser transportada nos bolsos sem derreter. De facto, a indústria Hershey alcança o intento produzindo uma tablete resistente, que além de cacau possuía outros ingredientes nutritivos.

    Figura 58- Chocolate Hershey


    Figura 59- Embalagem da ração chocolate


    1941 – Chocolate M&M´s

    Em 1941 quem poderia imaginar que a idéia para os M&M’s nasceu no cenário da Guerra Civil Espanhola? A lenda conta que, durante uma viagem à Espanha, o comerciante Forrest Edward Mars encontrou soldados que estavam comendo pequenos pedaços de chocolate envoltos em cascas açucaradas rígidas, evitando assim que eles derretessem. Inspirado por essa ideia voltou à sua cozinha e inventou a receita exclusiva para os famosos M&M’s, recebendo a patente de seus confeitos no dia 3 de março de 1941.
    Figura 60-Publicidade ao chocolates M&M´s  em 1941



    O nome da marca deriva de “Mars & Murrie” (pois o parceiro de negócios de Forrest Mars era Bruce Murrie, filho do então presidente da tradicional Hershey’s). Os confeitos foram lançados originalmente em cinco cores: castanho, amarelo, vermelho, verde e violeta. 

    1946 – Pasta Giandujot/Nutella 

    Em 1946 Pietro Ferrero cria uma empresa na pequena cidade de Alba, localizada no norte de Itália, onde começou a produzir chocolates. Devido a falta de cacau, em virtude da Segunda Guerra Mundial, Pietro teve a ideia de criar um produto que não consumisse tanto cacau, teve a ideia de criar uma pasta cremosa, onde misturou cacau torrado, avelã, leite, açúcar e óleo vegetal, a qual colocou o nome de Pasta Giandujot, que anos mais tarde se viria a chamar Nutella

    Figura 61 – Pasta Giandujot
    Figura 62- Frasco de Nutella

    1956 – Mon Cheri


    Em 1956 nesta época, a Ferrero iniciou a diversificação da sua linha de produto, lançando o Mon Cheri, um delicioso bombom recheado com licor e cereja que se tornaria um verdadeiro sucesso na Europa.
    Figura 63 – Bombom Mon Cheri

    1968 – Kinder

    Em 1968 a empresa lançou o primeiro produto sob a marca Kinder (significa criança em alemão), um chocolate direcionado ao público infantil em formato de deliciosas barrinhas, saborosas, nutritivas e recheadas com leite.
    Figura 64 – Chocolate Kinder10

    1982 – Ferrero Rocher

    Porém, a empresa só em 1982 introduziu no mercado o seu produto de maior sucesso, os bombons Ferrero Rocher, formado por uma avelã inteira, imersa num recheio cremoso e envolvido por uma delicada concha de wafer crocante, coberto de chocolate salpicado de pedacinhos avelã, embrulhados nas suas características embalagens douradas.


    Figura 65 – Bombom Ferrero Rocher



    1996 – Callebaut

    Em 1996, a empresa belga Callebaut uniu-se a francesa Cacao Barry criando uma nova empresa chamada Barry Callebaut. Ambas, Cacao Barry e Callebaut, já eram amplamente reconhecidas no segmento alimentar como fornecedores de produtos de alta qualidade por milhares de especialistas grossistas e revendedores da indústria de chocolate.
    A fusão combinou o know how da Callebaut na compra e processamento inicial dos grãos de cacau, com a vasta experiência da Cacao Barry na produção e marketing de produtos de chocolate. Tornando-se na maior distribuidora de chocolate do mundo.
    Fig.66-Empresa belga Barry Callebaut

    Democratização do Chocolate

    A partir da Segunda Guerra Mundial até hoje, as diferenças de volume de consumo de chocolate entre as classes de baixa, média e alta renda quase desapareceram. Parece, entretanto, que os trabalhadores tendem a preferir o chocolate em tabletes e barras, enquanto os grupos de classe mais alta são mais seduzidos por bombons.

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